Representantes da Comissão de Revisão Histórica de Dourados entregaram resultado de levantamento ao prefeito Murilo
O prefeito Murilo recebeu em seu gabinete na semana passada o presidente da Comissão de Revisão Histórica de Dourados, o professor Carlos Magno Mieres Amarilha e o jornalista Nicanor Coelho, também integrante da Comissão, que lhe entregaram um relatório com amplo estudo sobre a história da cidade. O documento apresenta dois pontos questionados e sugeridos para debate: a frase que consta no brasão do município ‘terra de Antonio João’ e a data do aniversário da cidade.
De acordo com os estudos, a data do aniversário do município (20 de dezembro) começou a ser efetivada no ano de 1953. Foi aprovada na Câmara como projeto de lei apresentado pelo vereador Aguiar Ferreira de Sousa, em 23 de outubro de 1953 e sancionada pelo prefeito Nélson de Araújo, por meio da Lei n.º 60, de 25 de novembro de 1953. Em 1954 foi transformada em feriado. Isso significa que o primeiro aniversário da cidade só foi comemorado quando Dourados já tinha 19 anos de existência.
O estudo aponta ainda que a definição da data de 20 de dezembro “foi uma decisão política e não uma reivindicação da sociedade organizada”. Segundo destacou Carlos Amarília, havia necessidade de ter uma data para comemorar e essa foi escolhida. Entretanto, o relatório, que é resultado de uma análise de documentos oficiais, coloca como verdadeiro aniversário o dia 15 de junho, data em que foi instalado o Distrito de Paz de Dourados, em 1914.
Outro ponto sugerido para debate pela Comissão de Revisão Histórica diz respeito à frase ‘Terra de Antônio João’, que integra o brasão oficial do município. Com base em documentos e informações coletadas, o herói de guerra, tenente Antônio João Ribeiro não foi morto em Dourados e sim na Colônia Militar dos Dourados, em 29 de dezembro de 1864, nas proximidades de onde se encontra o município de Antonio João.
Naquela época, reforça Carlos Amarília nos estudos, Dourados nem existia e, neste sentido “trocam-se fatos, transferem-se os eventos, como verdades absolutas e absurdas, com “empréstimos de histórias” de outros lugares, trocando acontecimentos “famosos” (como o caso de Antônio João na Guerra do Paraguai)”.
Por tal motivo, o documento entregue ao prefeito sugere a alteração, entendendo que “Dourados p